terça-feira, 12 de julho de 2016

Cuidando das Emoções - Adaptando-se às Mudanças

Adaptando-se às Mudanças


No período entre o diagnóstico do câncer e durante todo o tratamento, pode ser que você tenha uma série de adaptações para fazer e vivenciar.
É muito comum, durante o tratamento de um câncer, o paciente precisar parar de trabalhar por um período. Essa mudança pode influenciar em todos os aspectos da vida: financeiro, social, familiar, pessoal.
Isso requer uma grande adaptação de todos os envolvidos.
Vamos pensar juntos...
No nosso dia-a-dia exercemos várias funções:
  • De pai ou de mãe.
  • De marido ou de esposa.
  • De provedor ou de dona de casa, provedora.
  • De funcionário, funcionária ou de chefe.
  • De filho ou filha.
  • De amigo ou amiga.
  • E muitas outras.
Por conta disso, regras são estabelecidas:
  • Você faz isso.
  • Você paga isso.
  • Eu levo as crianças na escola.
  • Eu faço as compras e vou ao banco.
E, normalmente, diante de uma doença (uma situação crítica) todas essas funções e regras precisam ser revistas e rearranjadas e isso não é fácil!
Casais podem se desentender, filhos e pais brigam por causa de novas tarefas, amigos se afastam e outros se aproximam. O que pode ajudar?
  • Converse com sua esposa ou marido sobre as mudanças no casamento, vida sexual, dinheiro, filhos e outras decisões que precisam ser acertadas.
  • Converse com a sua família sobre as mudanças e novas funções.
  • Se alguém estiver sobrecarregado, peça ajuda a um amigo, pode parecer que não, mas você vai saber reconhecer qual o amigo disponível.
  • Peça ajuda e aceite ajuda, seja para buscar o filho na escola, pagar uma conta, fazer o supermercado, etc.
  • Caso você não consiga se adaptar as mudanças, procure a ajuda de um profissional psicólogo. Ele poderá te ajudar nesse momento.


Conheça os diferentes profissionais


Além de todo cuidado dispensado pelo seu médico oncologista, você também pode contar com o apoio da equipe multidisciplinar de profissionais especializados nas diversas áreas da saúde. Saiba como cada um deles poderá lhe ajudar neste momento:

Enfermeira
A enfermagem oncológica desempenha um papel muito importante dentro da equipe multiprofissional de saúde. O enfermeiro é o profissional que permanece ao lado do paciente em todos os momentos, o que o torna parte essencial do tratamento. A enfermagem oncológica tem como principal objetivo promover qualidade de vida do paciente assim como a de seus familiares, avaliando e intervindo tanto nos problemas relacionados à saúde física como na saúde mental.
Psicóloga
Sabemos que o diagnóstico de câncer abala o lado emocional de qualquer pessoa. Sentimentos antes nunca vivenciados como: depressão, ansiedade, medos, preocupações são comuns e, muitas vezes, precisam de cuidado especiais. Para cuidar desses assuntos é com ajuda do psicólogo que você poderá contar. Dentro da Psicologia existe o profissional certificado em Psico-Oncologia, que tem como objetivo apoiar emocionalmente o paciente e sua família.
Outras formas de terapia que podem lhe ajudar neste momento são: Arteterapia, Musicoterapia e os Grupos de Suporte.
Nutricionista
O nutricionista é o profissional que irá cuidar da sua alimentação. Ele poderá lhe acompanhar durante e após todo o seu tratamento.
Com o trabalho focado em uma alimentação equilibrada e saudável, o nutricionista irá lhe ajudar a diminuir os efeitos colaterais do tratamento através de cardápios individualizados, podendo inclusive aumentar a imunidade de seu organismo, dando mais qualidade de vida para você.
Fisioterapeuta
O fisioterapeuta exerce um papel fundamental durante e após o tratamento oncológico. Ele é o profissional responsável por promover a sua recuperação físico-funcional, ou seja, ele irá lhe auxiliar na restauração dos movimentos e funções comprometidas durante e após a doença. Por meio do trabalho personalizado e o uso de recursos específicos, a fisioterapia tem por objetivo aumentar a sua auto-estima e a sua qualidade de vida.
Dentista
Você sabia que a avaliação odontológica é fundamental antes de iniciar o tratamento quimioterápico ou radioterápico?
É muito importante que todo o paciente visite antecipadamente o seu dentista a fim de eliminar focos de infecção, prevenindo possíveis complicações durante o tratamento.

Conversando sobre prevenção do câncer com seus familiares


Conversar sobre o câncer com os seus familiares pode, na maioria das vezes, ser uma missão difícil, afinal como podemos abordar esse tipo de assunto com eles? É muito importante que você saiba que o câncer é uma doença causada por exposição a fatores de risco como cigarro, álcool, radiação, etc e por uma alteração nos genes, ou seja, modificações nas células que provocam uma sequência de eventos nas próprias células e no órgão ao qual pertencem o que acaba originando o aparecimento de um tumor maligno, mas isso não significa que o câncer seja hereditário. Apenas 5 e 10% de todos os casos de câncer derivam de alteração genética hereditária, ou seja, transmissível de pai (mãe) para filho(a).

Os casos de câncer precoce (em pacientes abaixo de 50 anos) merecem uma maior preocupação. Diante dessa situação, é muito importante que o paciente converse com o médico quanto ao risco de se tratar de um câncer hereditário. A decisão quanto à necessidade de se fazer testes genéticos devem ser tomada em conjunto com o oncologista ou por um profissional especializado em aconselhamento genético.
A prevenção nesses casos continua sendo os exames de rotina: mamografia, auto-exame, exame clínico, PSA, toque retal, endoscopia, entre outros. O médico poderá orientar a partir de que idade será necessária a realização desses exames.

Estou deprimido ou não?


Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imagina. Estudos mostram que de 10% a 25% das pessoas que procuram os clínicos gerais apresentam sintomas dessa enfermidade. 

Entre os fatores de risco para a depressão estão descritos os seguintes itens: 
  • História familiar de depressão.
  • Sexo feminino.
  • Idade avançada.
  • Episódios anteriores de depressão.
  • Parto recente.
  • Acontecimentos estressantes.
  • Dependência de droga.
Sim, o câncer é um acontecimento estressante e você pode realmente estar com depressão.
Converse com o seu médico ou procure um psiquiatra.
O psiquiatra fará uma avaliação do seu quadro físico e psicológico e poderá lhe dizer se você está ou não deprimido. Se você estiver, ele lhe prescreverá um medicamento antidepressivo e pode sugerir que você faça também um acompanhamento psicológico.
Entre os pacientes com câncer pode acontecer uma sobreposição de sintomas e uma possível depressão pode não ser detectada. Ou seja, você pode estar mais quieto, com muita fadiga e com algumas alterações cognitivas relacionadas aos efeitos colaterais do tratamento ou da própria doença.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela abaixo. Nela, cinco ou mais, dos sintomas relacionados devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.

Critérios para diagnóstico de depressão
(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição)
  • Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo.
  • Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina.
  • Sensação de inutilidade ou culpa excessiva.
  • Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar.
  • Fadiga ou perda de energia.
  • Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias.
  • Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor.
  • Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar.
  • Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
Como você pode ver, os sintomas são muito parecidos com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia e também com as reações emocionais esperadas diante do diagnóstico de um câncer.
Buscando Ajuda
Você ainda possui dúvidas? Não se preocupe, aqui estão algumas orientações:
  • Converse com o seu médico sobre depressão. Ele saberá orientar a respeito desse problema.
  • Peça ao seu médico a indicação de um especialista (psiquiatra). Ele poderá decidir se você está precisando de um medicamento ou não neste momento.
  • Peça a ajuda da sua família, eles são fundamentais no seu tratamento.
  • Informe-se sobre o problema. Você verá o quanto ele é comum.
  • Lembre-se que o acompanhamento psicológico é fundamental.

Câncer e trabalho: adaptações necessárias


Considerando que o câncer é uma doença que afeta todos os aspectos da vida, conversar e avaliar a importância do trabalho neste momento é muito importante.
Hoje em dia, com os avanços da medicina cada vez mais focados na qualidade de vida dos pacientes com câncer, podemos dizer que os pacientes já podem escolher entre continuar ou não trabalhando durante o tratamento do câncer.
Existem pacientes que por questões financeiras, precisam continuar trabalhando, outros, por sentirem-se bem e dispostos, também optam por continuar. Já outros, por indisponibilidade física, acabam decidindo pelo afastamento do trabalho temporário. Estas decisões e atitudes variam muito de paciente para paciente e de caso a caso. Independentemente de sua decisão, o importante é que você tenha consciência de que algumas adaptações e mudanças na sua rotina serão necessárias.
Especificamente durante a quimioterapia, existirão dias em que você estará disposto e outros nem tanto. Os efeitos colaterais do tratamento existem e nem sempre são evitáveis e por isso, você pode se sentir indisposto precisando de um tempo para descansar. É aconselhável que você converse com seu chefe e com seus companheiros de trabalho sobre o câncer. Assim, eles poderão lhe ajudar da melhor maneira possível nessa fase. Sabemos que falar sobre o câncer no ambiente de trabalho pode ser, na maioria das vezes, estranho e difícil. Você pode contar somente a alguns amigos mais próximos ou mesmo não contar pra ninguém. Neste caso, não existe uma atitude ideal e sim, atitudes que fazem com que você se sinta a vontade e confortável.
Lembre-se que estamos falando de uma fase onde pedir e saber aceitar ajuda são fundamentais.

A importância da informação

Hoje em dia a informação é considerada por muitos pacientes uma aliada fundamental e imprescindível em todos os momentos após o diagnóstico de um câncer.

As fontes de informação são variadas e podem ser utilizadas em diferentes situações: o seu médico, a equipe de suporte multidisciplinar, outros pacientes e familiares, sites na internet e livros.
Manter-se informado é fundamental para que você possa tomar todas as suas decisões, conversar sobre seu tratamento e sobre os efeitos colaterais e, até mesmo, questionar quando não conseguir entender. Porém, é importante destacar que existem pacientes que preferem não se aprofundar nas informações sobre o câncer e tratamentos. Nesta situação, não há certo ou errado, o importante é cada um respeitar seus próprios limites.
O seu médico é uma importante fonte de informação. Pergunte a ele tudo que achar necessário e questione sempre que não compreender.
O que eu posso fazer para me manter informado?
  • Ler.
  • Pesquisar.
  • Navegar na internet (peça para o seu médico lhe indicar sites confiáveis).
  • Conversar com outros pacientes.
  • Conversar com o seu médico.
Acredite! A informação fará com que você se sinta mais seguro e mais preparado para enfrentar esta nova fase da sua vida.

Compreendendo seus sentimentos


Perdi o meu chão...
Chorei muito...
Não tenho mais vontade de fazer nada...
Estou com medo...
Você se reconhece nas frases acima?
Independente de se reconhecer ou não, o que importa é você parar um pouquinho para compreender o que pode estar acontecendo com você.
Sabemos que essas e outras frases são muito frequentes entre os pacientes que recebem o diagnóstico de um câncer. Ou seja, o câncer tem um forte impacto no psicológico e emocional do paciente.
Sentimentos como raiva, depressão, ansiedade, medo, preocupações, angustias, negação e agressividade são comuns entre os pacientes com câncer.
Seguem alguns exemplos de situações nos quais esses sentimentos podem aparecer:
A negação costuma estar mais relacionada ao momento do diagnóstico. É comum percebermos durante certo tempo que o paciente não quer/não pode acreditar no que está vivendo. Esse sentimento pode durar algumas semanas.
Já a raiva, que pode aparecer em qualquer fase do tratamento, muitas vezes, vem acompanhada pela pergunta: Por que eu? Por que comigo? O que eu fiz de errado? Neste momento, a vida pode parecer muito injusta. Pacientes costumam rever suas posturas religiosas e alguns até relatam que estão brigados com Deus.
Comumente a insegurança é relatada durante todo o tratamento ("ela me acompanha o tempo todo”). Podemos relacionar esse sentimento com a presença do tumor que de certa forma é uma ameaça desconhecida. Tudo que é desconhecido sempre assusta muito.
O sentimento de resignação ("tinha que ser assim mesmo”) também é muito comum e precisa ser monitorado. Afinal, pode se tornar uma depressão.
Pensamentos e sentimentos negativos ("Penso muito na morte”, "tenho sentido medo de sair de casa”) também são esperados e podem estar relacionados ao estresse gerado pelo diagnóstico do câncer e também por se tratar de uma situação a qual não podemos controlar e ter certeza do que vai acontecer.
A aceitação da doença é um passo importante. A partir desse momento, percebemos que o paciente é capaz de planejar a própria vida de um modo mais significativo e construtivo. Eles relatam que a vida presente está muito diferente que a vida passada, e preferem não pensar no futuro.
Pode parecer estranho, mas muitos pacientes narram que o câncer fez com que avaliassem as próprias vidas posicionando-as em um caminho mais positivo.
Infelizmente não existem regras para lhe ensinar a lidar com esses sentimentos.
Como você pode ver, os sentimentos são muitos e variados. E mais, cada pessoa reage de uma maneira. Importante: não há certo ou errado, mas há aquilo que lhe faz bem ou mal, que lhe ajuda ou atrapalha...
Que tal parar para pensar nestes pontos:
Como você esta reagindo diante da sua doença?
Você tem alguém para desabafar?
Você tem colocado pra fora os seus sentimentos?
E a sua religião, como está?
Será que você tem descontado a sua raiva em alguém?
Procure um psicólogo, ele é um profissional capacitado para te ajudar a compreender e lidar com todos esses sentimentos.

Esperança: uma grande aliada!


Recupere ou construa algo que ajude a fortalecer a sua esperança
Você pode encontrar alguém em um grupo de apoio, em seu local de trabalho, em sua igreja, em sua família, ou em sua vizinhança, que seja forte, positivo e saiba espalhar esperança a todos que o cercam. Converse com seu mentor espiritual e absorva suas atitudes e palavras encorajadoras.
Observe em sua vida, onde estão os amigos, as pessoas guerreiras, parceiros religiosos, organizadores que foram deixadas de lado enquanto você estava em tratamento. Traga-as de volta e coloque-as para "trabalhar” a favor da esperança. Eles podem pedir, ouvir, aconselhar, participar e fortalecer suas refeições ou passeios, ajudar na limpeza da sua casa, cuidar de suas crianças, ou vir apenas para uma boa conversa ou somente segurar sua mão. Não tenha medo de pedir apoio às pessoas esperançosas. Se você estiver em tratamento, por favor, pare de ser a super mulher ou o super homem!
Descreva minuciosamente seus desejos e vontades
Inicie fazendo anotações das pequenas coisas agradáveis do seu dia a dia que levantam seu ânimo. Anote todas as experiências que o animam, incentivam ou lhe dão novas esperanças. Por exemplo: "Enquanto eu estava em tratamento, fazia caminhadas suaves, observava os pássaros, as flores, a brisa suave, anotava em meu livro de agradecimentos”. Mais tarde, ao reler essas anotações você se sentirá enaltecida.
Fale sobre o assunto
O câncer é traumático para a maioria das pessoas, mas estando em um grupo de apoio ou com os amigos ou, talvez, em família, fale sobre seus sentimentos. Discuta-os e, se for possível, foque no futuro. Cuidado para não manter um elefante em sua sala, pois ninguém poderá passar, nem você.
Foque no amanhã
Se você olhar para o horizonte de tratamentos ou cirurgias que vem pela frente, e isso é tudo o que você está vendo, então você vai achar que é difícil desfrutar o hoje. Tente pensar que esta é somente uma das experiências difíceis da vida que todos nós temos que passar de um jeito ou de outro. Respire fundo e vá em frente, vai passar.
Comece a preparar o seu livro de memórias
Reflita sobre os eventos, comemorações ou férias que foram experiências positivas. Mexer nas fotos ou nos cartões postais é muitas vezes uma maneira para se lembrar de momentos especiais e que vão fazer você se emocionar, rir e por que não chorar... Se você estiver se sentindo melancólico, mergulhe nas memórias positivas e deixe-se invadir pelos sentimentos e lembranças deste agradável evento e novamente foque na esperança, que depende muito de você.
Conte-nos quais são suas estratégias e atitudes para manter a esperança
Se você é um paciente ou sobrevivente, você já enfrentou e enfrenta no seu dia-a-dia algumas situações nas quais precisa ter atitude e focar na esperança. Como você faz isso? O que te ajuda? O que faz a diferença na sua vida e lhe ajuda realmente a manter a esperança?

Como falar sobre o câncer com o meu filho?


Diante do diagnóstico do câncer, inúmeras modificações e adaptações na rotina deverão ser feitas por toda a família. Conversar com uma criança ou adolescente a respeito do câncer não é uma tarefa fácil. Alguns pais preferem contar, outros não. É importante lembrar que as crianças e/ou adolescentes têm todo o direito de saber quando alguém de sua família está doente e precisando de ajuda. Elas têm as suas antenas ligadas e conseguem perceber quando algo não está bem.
Quando a verdade lhe é omitida, o seu filho poderá se sentir isolado, preocupado e com medo, excluído das questões familiares. A partir do momento em que seus filhos estão cientes da verdade, eles terão a chance de lhe fazer perguntas sempre que surgirem dúvidas e poderão ser confortados quando sentirem medo. Abaixo selecionamos algumas dicas para você:
  • Se possível, escolha um momento ideal e um lugar tranquilo para conversar com os seus filhos.
  • Explique de maneira simples e verdadeira.
  • Use linguagem simples e adequada, escolhendo palavras que já façam parte do vocabulário deles.
  • Responda a suas questões a medida que elas forem surgindo. Seja honesto (a) com relação aquilo que você não sabe.
  • Procure não distorcer a verdade, com intenção de evitar perguntas difíceis ou embaraçosas. Se ele lhe fizer uma pergunta que você não saiba responder, diga: Não sei, mas podemos tentar descobrir a resposta juntos.
  • Expressar uma atitude de confiança e esperança a respeito da doença e seus tratamentos ajudará a criança a desenvolver essa atitude em si mesma, além de fazê-la sentir-se mais segura e apoiada.

E após o câncer: orientações que fazem a diferença


Após o tratamento do câncer, a vida ganha um sentido diferente. Raramente ela voltará a ser como era antes.
Agora que você já terminou todas as etapas do tratamento, começa uma nova fase. Uma fase de cuidados, não apenas físicos, mas também psicológicos.
Abaixo descrevemos algumas orientações que podem lhe ajudar nessa nova etapa:
  • Saiba que após o diagnóstico de um câncer você jamais se sentirá o mesmo. Cuidados com a sua saúde física e mental deverão ser seguidos de forma diferenciada.
  • Converse com o seu médico oncologista a respeito da doença e da frequência de seus exames. Como será a nova rotina de exames? Quantas vezes passará em consulta?
  • Alguns pacientes relatam que se sentem preocupados e com medo de realizarem os exames de rotina. Se esse for o seu caso, lembre-se que esses exames são fundamentais para o acompanhamento da doença.
  • O medo do retorno do câncer, ter receio, temor, preocupação que o câncer volte é comum entre os pacientes que já passaram por todo o tratamento assim como sentimentos de ansiedade, depressão e outras preocupações podem impedir que você leve uma vida normal. No entanto, é importante que você saiba lidar da melhor maneira possível com esse medo. O receio, temor, ansiedade em excesso poderá lhe prejudicar. Fique atenta a este fato e se necessário, busque ajuda especializada.
  • Mantenha uma alimentação equilibrada: Procure se alimentar de forma correta todos os dias. Invista em frutas, legumes, vegetais e grãos. Sempre que possível, diminua o consumo da carne vermelha.
  • Adote um estilo de vida ativo: pratique atividades físicas moderadas como caminhada, natação, ioga e hidroginástica. Converse com o seu médico antes de iniciar qualquer exercício.


Conversando sobre prevenção do câncer com seus familiares


Conversar sobre o câncer com os seus familiares pode, na maioria das vezes, ser uma missão difícil, afinal como podemos abordar esse tipo de assunto com eles? É muito importante que você saiba que o câncer é uma doença causada por exposição a fatores de risco como cigarro, álcool, radiação, etc e por uma alteração nos genes, ou seja, modificações nas células que provocam uma sequência de eventos nas próprias células e no órgão ao qual pertencem o que acaba originando o aparecimento de um tumor maligno, mas isso não significa que o câncer seja hereditário. Apenas 5 e 10% de todos os casos de câncer derivam de alteração genética hereditária, ou seja, transmissível de pai (mãe) para filho(a).
Os casos de câncer precoce (em pacientes abaixo de 50 anos) merecem uma maior preocupação. Diante dessa situação, é muito importante que o paciente converse com o médico quanto ao risco de se tratar de um câncer hereditário. A decisão quanto à necessidade de se fazer testes genéticos devem ser tomada em conjunto com o oncologista ou por um profissional especializado em aconselhamento genético.
A prevenção nesses casos continua sendo os exames de rotina: mamografia, auto-exame, exame clínico, PSA, toque retal, endoscopia, entre outros. O médico poderá orientar a partir de que idade será necessária a realização desses exames.

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